Genética Forense
Fonte: google
IMPORTÂNCIA DA GENÉTICA NA ÁREA
FORENSE
A genética começou a ser estudada pelo monge Gregor Mendel, biólogo e botânico considerado
o pai dos conhecimentos sobre a hereditariedade. No ano de 1843 entrou para o mosteiro agostiniano de
São Tomas onde foi ordenado padre, e em 1851 foi aceito na universidade de Viena para desenvolver
sua vocação pela ciência. Em 1853 volta a sua província onde começa a dar aulas de ciências naturais,
1856 já fazia pesquisas com ervilhas nos jardins do monastério.
Sua teoria relatava que as características das plantas eram geradas por elementos hereditários,
hoje conhecemos como gene. Gregor Mendel morreu em 6 de janeiro de 1884 sem que tivesse seus
estudos reconhecidos, somente no século XX que pesquisadores puderam reconhecer a importância das
suas descobertas para o mundo da genética.
A genética é fundamental para identificação de vítimas e para resolução dos crimes, antes do uso
de DNA nos casos criminais muitos suspeitos não eram presos ou pessoas erradas eram condenadas, a
polícia não possuía muitas técnicas para conseguir solucionar os casos, geralmente recorriam a
testemunhas ou impressões digitais, no entanto não podiam confiar totalmente nas afirmações das
testemunhas e nem sempre os criminosos deixavam suas impressões digitais nas cenas dos crimes, mas
tudo mudou quando começaram a usar técnicas genéticas.
Ciência forense
A ciência forense é uma área interdisciplinar, contendo: matemática, física, química, biologia e
várias outras ciências, isso com o objetivo de dar suporte para as investigações relativas a justiça civil e
criminal.
Uma das ciências forenses principais é a genética e biologia forense, entre as múltiplas
atividades realizadas pelos laboratórios genéticos estão a realização de pericias de casos de filiação,
criminalística biologia e identificação individual (genética).
As pericias a partir de vestígios biológicos consiste no estudo dos vestígios e comparação de suas
características genéticas com as da vítima e suspeito. Sua caracterização e identificação são de grande
interesse, já que as secreções deixadas entre o criminoso e vitima são fundamentais para a identificação
do autor do crime.
As evidencias encontradas em locais de crimes independente das condições devem ser
fotografadas antes de serem movidas ou tocadas. A sua localização na cena do crime deve ser sempre
fotografadas ou filmadas, caso não tenha como realizar este procedimento é necessário fazer um
esquema ou relatório bem detalhado. Ao receber as amostras os laboratórios forenses devem verificar e
registrar a presença e o estado do empacotamento, dos selos e das etiquetas. Caso se realize algum teste
preliminar nas amostras esse procedimento também deve ser registrado.
Coleta de sangue e sêmen: o material genético em forma liquida geralmente é coletado por
absorção (Lee et al., 1991), ainda em estado líquidos podem ser removido por uma seringa descartável
ou uma pipeta automática, sempre estéreis, e transferidos para um tubo de laboratório. O sangue liquido
coletado deve ser preservado com anticoagulantes.
Manchas secas de sangue e sêmen encontradas em lençóis, peças de roupa e outros objetos que
podem ser removidos para o laboratório devem ser isolados e transportados na forma que estão. Quando
estas manchas estão sobre objetos muito grandes para serem transportados a região contendo a amostra
deve ser cortada e levada ao laboratório. Se estiverem sobre objetos que não podem ser cortados as
amostras devem ser raspadas com uma ferramenta apropriada e limpa de contaminantes.
Tecidos, fios de cabelo, órgãos e ossos: quando são encontrados fios de cabelo, ossos, órgãos e
tecidos, devem documentar e fotografar seu estado, esses materiais devem ser coletados com o auxílio
de instrumentos, como pinça e bisturi, sempre livres de contaminações. Cada item será selado e
documentado separadamente, no caso dos fios de cabelo eles só terão utilidade se estiverem com raiz.
Saliva, urina e fluidos corporais: amostras em estado líquido devem ser transferidos em
garrafas de plástico ou de vidro esterilizadas, caso encontrem apenas manchas desses fluidos devem
fazer o procedimento de cortar a área com o material e levar ao laboratório para serem analisados.
Contaminação: deve evitar qualquer tipo de contaminação que possa interferir no resultado da
análise, sempre mantendo a integridade biológica da amostra. Além de sempre ser um perito que deve
recolher as amostras, é essencial o uso de luvas descartáveis. Pode-se definir vários tipos de
contaminação:
Contaminação química: produz resultados inconclusivos ou ausência de resultados.
Contaminação por microrganismos: normalmente não interfere na interpretação
final dos resultados. Sangue e sêmen encontrados em locais de crimes podem ser
contaminados por fungos e bactérias, quando isso ocorre pode levar a degradação do
DNA. Se o DNA encontrado estiver degradado o resultado pode ser inconclusivo.
Contaminação por outro DNA humano: pode acontecer durante ou depois da
coleta das amostras. É importante saber diferenciar “mistura de amostras” e “amostra contaminada” a primeira é
quando uma amostra de DNA tem o material genético de mais de um indivíduo, a mistura pode ter
acontecido antes ou durante a pratica do crime. A segunda é quando a amostra é contaminada durante a
coleta, armazenamento, ou analise da amostra (PINHEIRO/2004).
Para garantir a preservações das amostras os vestígios biológicos devem ser preservados de
forma a garantir a integridade do seu material genético. Para isso deve se evitar a exposição à luz, a
substancias químicas, e deve ser armazenada a baixas temperaturas, para que evite o aparecimento de
microrganismos. (Ministério da Justiça, 2013)
Devem ser tomadas todas as precauções para evitar a contaminação
Texto retirado do artigo: Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 – Ano: 2018
Referências Bibliográficas
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/041_Hist%C3%B3ria_e_Import%C3%A2ncia_da_Genetica_Forense.pdf acesso em 10 de julho de 2023
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